O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
afirmou em sua conta no Twitter que vai determinar à Procuradoria
Parlamentar para entrar com interpelação judicial à advogada
criminalista Beatriz Catta Preta. Responsável por nove acordos de
delação premiada referentes à Operação Lava Jato. Após deixar os
processos dos quais estava à frente, a advogada afirmou em entrevista ao
Jornal Nacional, da TV Globo, na última quinta-feira (30), que iria
deixar a advocacia por ter se sentido ameaçada por integrantes da CPI da
Petrobras. “A Mesa Diretora da Câmara tem a obrigação de interpela-la
judicialmente para que diga quais ameaças sofreu e de quem sofreu as
ameaças”, disse Cunha em um dos tweets. “A sua acusação atinge a CPI
como um todo e a Camarra como um todo, devendo ela esclarecer ou ser
responsabilizada por isso”, afirmou, na sequência. Segundo informações
do jornal Folha de S. Paulo, criminalistas apontam que um dos temores de
Catta Preta seria ver exposta a atuação de seu marido, Carlos Eduardo
de Oliveira Catta Preta, conhecido por ex-clientes como comerciante ou
como engenheiro. Relatos apontam que ele seria o responsável pelo
escritório da mulher, que agora está fechado. Segundo Folha, colegas da
advogada afirmam que eles se conheceram em 2001, quando ela o defendeu
em um caso. Ele foi condenado a três anos de prisão após ser flagrado
com US$ 400 mil em notas falsas. Carlos Eduardo disse à polícia que usou
as cédulas para reduzir o prejuízo de uma negociação que fez com
indianos que repassaram a ele dinheiro falso.