A presidente Dilma Rousseff disse aos governadores brasileiros, em
reunião nesta quinta-feira (30), no Palácio da Alvorada, que a saída em
momentos de crise como o atual é fazer mais com os recursos existentes,
tornando-os mais eficientes. Nesse sentido, ela propôs um pacto nacional
pela redução dos homicídios no país. Segundo a presidente, essa
proposta tem origem no fato de o Brasil ser hoje a nação com maior
número absoluto de homicídios. “A taxa nacional de homicídios é 23,32
homicídios por 100 mil habitantes, quando o número aceitável, segundo
padrões internacionais, é até 10 por 100 mil habitantes. Por isso,
propomos aqui nossa cooperação federativa, concentrando esforços –
União, estados, municípios e integrando o Judiciário – para enfrentarmos
o problema”, conclamou. Dilma explicou que a proposta é que este pacto
seja baseada em políticas sociais focadas prioritariamente nos
territórios vulneráveis em todas as 27 unidades da Federação. Assim,
acredita, o Brasil poderá obter uma redução média significativa entre
2015 e 2018. Ela defendeu ainda a cooperação na redução do déficit
carcerário e reintegração social do preso, principalmente por meio do
novo programa Pronatec Aprendiz. Para Dilma, essa é uma alternativa
para, em vez de levar os adolescentes à prisão, como propõem os
defensores da redução da maioridade penal, ‘levá-lo para o caminho da
ética, do trabalho e do aprendizado”.