Em mais uma fase da Operação Lava Jato,
a Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (21) Milton
Pascowitch, apontado como operador da empreiteira Engevix em contratos
da Petrobras e suspeito de repassar propina na diretoria de Serviços,
que Renato Duque ocupou entre 2003 e 2012 na estatal.
Pascowitch
foi preso em São Paulo por reiteração criminosa e para a garantia da
ordem pública, segundo o procurador Carlos Fernando Lima. As
movimentações financeiras do operador, oriundas de propina, sustenta
ele, continuavam em andamento mesmo após a deflagração da Lava Jato.
O
irmão dele, José Adolfo, também apontado como operador no esquema, foi
levado em condução coercitiva, ordem judicial para prestar depoimento às
autoridades. A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 78 milhões em
contas dos dois irmãos.
Ligações
de outras empreiteiras com Pascowitch também serão investigadas.
Segundo o Ministério Público, existem indicativos de depósitos de outras
empresas, como a UTC, para o operador.
A
força-tarefa da Lava Jato apura as ligações dos operadores com Duque e
com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. A Jamp Engenheiros
Associados, empresa de Pascowitch, a fez pagamentos de R$ 1,45 milhão à
JD Consultoria, firma de Dirceu, em 2011 e 2012.O objetivo desta 13ª
fase da operação é investigar crimes dos dois operadores financeiros do
esquema de corrupção na estatal. Ainda não há estimativas de quanto eles
movimentaram.
Pascowitch
é apontado como um dos onze operadores da propina na diretoria de
Serviços, comandada por Duque (indicado pelo PT), e com bom trânsito no
Partido dos Trabalhadores.