O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou, hoje, que
não ficará "batendo boca" com o presidente da Câmara, deputado Eduardo
Cunha (PMDB-RJ). O peemedebista declarou nesta terça que o fato de Janot
ter ressaltado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que há "elementos
muito fortes" para investigá-lo na Operação Lava Jato é resultado de uma
"querela pessoal" entre os dois.
"Isso [declaração de Cunha] não é problema meu. [...] Eu não vou
ficar batendo boca", ressaltou o procurador-geral ao deixar sessão do
Conselho Superior do Ministério Público Federal, em Brasília.
O parecer de Rodrigo Janot que pede a continuidade das investigações
do suposto envolvimento do presidente da Câmara no esquema de corrupção
que atuava na Petrobras foi protocolado na última quinta-feira e
disponibilizado pelo STF ontem. O documento responde a um pedido de
Cunha para arquivar a investigação.