O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) defendeu a presidente Dilma
Rousseff em entrevista ao site da revista Veja publicada nesta
segunda-feira (25). Perguntado se Dilma seria o “Pitta” do ex-presidente
Lula (em menção ao apoio malsucedido que Maluf concedeu ao ex-prefeito
de São Paulo), o parlamentar respondeu com um “não”. “A dona Dilma; eu
vou aqui fazer uma afirmação polemica; a sorte do Brasil, é que neste
momento, num quadro internacional de dificuldade, foi a eleição de dona
Dilma. Se fosse Aécio Neves, não teria nenhuma condição de melhorar o
Brasil nas condições internacionais que o Brasil tem. A dona Dilma é
mulher correta, decente, ética, de personalidade. E não tenho nenhuma
dúvida, quando ela sair daqui a 3 anos e meio – você guarda essa
entrevista – ela vai sair consagrada”, disse. Maluf ainda classificou a
petista como “competente”. Sobre os esquemas de corrupção descobertos
durante a gestão petista, ele admitiu que existe uma crise moral, mas
que “não temos que culpar as pessoas jurídicas” e que “os malfeitos tem
que ser julgados e condenados com severidade”. “Você não vai culpar o
Brasil por causa disso. Se tiver algum bandido vai ter que pagar – ele,
não o país”, argumentou. O deputado ainda se posicionou contra o
impeachment de Dilma, sugerido por parte da oposição. “Pera um pouco,
você dá o impeachment, quem vem? Depois de três meses não melhora, quem
vem no lugar de Michel [Temer]”, questionou ele, para quem o
vice-presidente “não fica” caso ocorra a saída de Dilma. “Honestamente
eu adoro o Michel, Michel é meu amigo, homem de bem, homem honrado. Mas
todos aqueles que hoje querem o impeachment da Dilma não querem que o
Michel fique, querem ir para o poder, querem tirar o Michel. E depois
quem vem? O Brasil não é uma republiqueta da America Central que tira
um, mata um, e põe outro”, apontou.