A extradição de Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil
condenado por envolvimento no mensalão, fica adiada para junho. Hoje,
seus advogados entraram com um pedido de liminar para tentar impedir sua
extradição da Itália para o Brasil. Uma audiência foi marcada para
junho para considerar o caso e só então as autoridades brasileiras
poderão eventualmente transferi-lo ao País. A medida frustra os planos
do Brasil que eram de extraditá-lo a partir do dia 11 de maio.
O recurso foi entregue ao Tribunal Administrativo de Roma. Ao
contrário do que vinha sendo defendido, que ele seria inocente, agora o
argumento da defesa é que Pizzolato se dispõe a cumprir sua pena de
prisão na Itália. "O Tribunal, seguindo o recurso que apresentamos,
suspendeu de forma temporária o processo de extradição e fixou pela
decisão uma audiência no dia 3 de junho", declarou o advogado de
Pizzolato, Alessandro Sivelli, em um comunicado. “Certamente nesta data
Henrique Pizzolato ficará na Itália”, insistiu.
Há duas semanas, o governo italiano deu o sinal verde para que o
brasileiro seja extraditado, o que abriu a possibilidade para que a
transferência ocorresse a partir do dia 11 de maio. Com o recurso,
porém, a defesa acredita que todo o processo está adiado.