Depoimento
do doleiro Alberto Youssef à Justiça Federal, divulgado pelo Estadão,
mostra trechos em que o operador do esquema pelo PP cita os ex-deputados
federais Mário Negromonte, hoje conselheiro do Tribunal de Contas dos
Municípios da Bahia (TCM-BA), e João Leão, atual vice-governador baiano,
além do ainda parlamentar pelo PP da Bahia, Roberto Britto. De acordo
com o doleiro, Negromonte recebia, por mês, entre R$ 250 mil e R$ 500
mil, na condição de liderança do Partido Progressista, enquanto que Leão
e Britto participavam do rateio de recursos com a bancada da legenda na
Câmara Federal, algo entre R$ 1,2 milhão e R$ 1,5 milhão por mês. “As
entregas eram feitas mensalmente, semanalmente, a líderes do partido,
que recebiam valores maiores. Em média, por mês, eu vou dizer entre R$
250 mil e R$ 500 mil cada. Depende do recebimento que tinha do mês. E,
em média para a bancada, que isso ia para o líder fazer a divisão entre
eles, era uma média de R$ 1,2 milhão e R$ 1,5 milhão. De acordo com o
fluxo do caixa”, afirmou Youssef a promotores que colhiam depoimento
durante a Operação Lava Jato. Apesar de não citar nominalmente os
progressistas baianos, Youssef confirma quando questionado se eles eram
favorecidos pelo esquema. O trecho em que ele fala sobre o esquema em
que Negromonte era o controlador aparece a partir do minuto 11 e o
trecho em que Leão e Britto são citados começa a partir dos 18 minutos e
40 segundos.