O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, disse que sua permanência na
secretaria finanças depende do partido. Ele é investigado por suspeita
de participar de um esquema de propina envolvendo a estatal e presta
depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras nesta
quinta-feira.
"A decisão de estar na secretaria de finanças do PT não pertence a
mim, mas ao diretório nacional do partido. Essa decisão será discutida e
terá resultado", afirmou Vaccari. "Ao diretório nacional, até o dia de
hoje não foi apresentada nenhuma proposta de que eu me afaste da
secretaria de finanças", completou.
O sub-relator da CPI, deputado Altineu Côrtes (PR-RJ), afirmou que há
"setores do partido" que pedem a saída de Vaccari da secretaria e do
partido por ele estar sendo apontados por delatores da Lava Jato como
arrecadador de propinas de empresas contratadas pela Petrobras.
Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva está entre os que defendem o afastamento imediato de Vaccari.
Há também petistas do Rio Grande do Sul, entre eles o ex-governador
Tarso Genro, e de Santa Catarina que pedem a saída do tesoureiro.