sábado, 18 de abril de 2015

PF entrega depoimentos de 3 deputados ao STF


Na noite da última sexta-feira (17), a Polícia Federal encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) documentos com provas e depoimentos de três deputados. Os parlamentares deram as declarações na semana passada, em inquérito válido pela Operação Lava Jato.

No mês de março, o ministro do STF, Teori Zavascki autorizou a abertura de inquéritos com o intuito de investigar 50 pessoas, destas, 48 são políticos. Os documentos que foram encaminhados na noite da última sexta-feira (17) ao Supremo referem-se a um dos inquéritos com 39 nomes investigados que apura se existiu de fato uma quadrilha com a intenção de fraudar a Petrobras.

Durante o depoimento do deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS), prestado no último dia 10, o parlamentar afirmou que “já havia ouvido falar sobre esquemas de corrupção dentro do partido”. No entanto, Heinze negou qualquer tipo de participação no suposto esquema, e afirmou não saber quem participava.

De todos os sete partidos listados nesta fase da operação, o PP é o que mais tem nomes sob suspeita. Ao todo, são 31 membros investigados. Além dele, os deputados Renato Molling e Jerônimo Goergen, todos do PP-RS, também foram ouvidos pela PF.
Heinze afirmou que não conhece o doleiro Alberto Yussef, e disse acreditar que seu nome tenha sido usado indevidamente por lideranças do partido que se beneficiaram do esquema.
“[Ele disse] que, como parlamentar integrante dos quadros do PP, já tinha ouvido falar de esquemas de corrupção dentro do partido. Que [ele próprio] não tinha envolvimentos com a cúpula do partido [... e] que não sabe exatamente quem participava"  do suposto esquema, diz o documento da PF.
O deputado também assumiu ter se encontrado com o ex-direto de Refino e Abastecimento da Petrobras uma vez, em 2006 ou 2007, mas afirmou que não tem relação com a indicação do nome de Costa ao cargo de alto escalão da Petrobras. Ainda segundo Heinze, no último dia 24, ele desafiou os integrantes do diretório nacional do PP a provar que ele havia recebido dinheiro do esquema de corrupção. (Do Jornal do Brasil)