O
ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, reconheceu nesta
quarta-feira (8) que o programa de investimentos da Petrobras está
“contaminado pelas denúncias de corrupção” causados a partir da Operação
Lava Jato. Segundo ele, isso tem provocado a paralisação de obras e
projetos. Em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado,
ele foi questionado por senadores sobre a necessidade de mudanças no
modelo de exploração de petróleo no Brasil por causa dos desvios
revelados pela Lava Jato. "É lamentável que o nosso projeto tenha sido
contaminado da forma como foi, o que trouxe tantos desafios que estão
sendo enfrentados neste momento pela Petrobras, pelo Senado, pelo
Congresso, pela Justiça brasileira e pelos órgãos de comando e controle.
Isto não pode significar que a Petrobras não é essencial, que o pré-sal
não é importante e que não são necessários os investimentos”, disse o
ministro. Ele acrescentou a importância de a Justiça, “de acordo com o
Estado democrático de direito”, garantir o direito de ampla defesa a
quem quer que seja”. Ao mesmo tempo, quem for culpado “que pague pelos
seus erros”. Eduardo Braga disse ser favorável a rediscussão e ao
aprimoramento da política do monopólio da Petrobras na operação dos
campos do pré-sal e da lei que exige a produção no país de parte dos
equipamentos usados na exploração de óleo e gás.