O executivo Augusto Mendonça Neto, da Toyo Setal, disse à CPI da
Petrobras que o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque pediu que
ele fizesse contribuições ao PT e o encaminhou ao ex-tesoureiro do PT,
João Vaccari Neto.
"Procurei Vaccari no escritório do PT dizendo que tinha interesse de
fazer contribuição ao partido. Ele me indicou onde deveria contribuir.
Duque me pediu outras vezes. Fizemos outras contribuições", contou. Ele
afirmou que encontrou Vaccari "algumas vezes, talvez dez". "Vaccari
nunca me ofereceu vantagem legal ou ilegal".
Mendonça também afirmou ter feito doações legais a outros partidos
políticos, mas disse que não a pedido dos diretores da Petrobras.
Ele relatou pagamento de propina a Duque, ao ex-diretor Paulo Roberto
Costa e ao ex-gerente Pedro Barusco via o doleiro Alberto Youssef. "Era
como se eu tivesse pagando o Paulo Roberto", disse. Também eram feitos
pagamentos por depósito bancário. "Nunca entreguei dinheiro diretamente a
eles".