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ex-presidente da Petrobras Graça Foster alegou problemas de saúde e
pode não prestar depoimento nesta quinta-feira, 26, à CPI instalada na
Câmara para investigar o esquema de corrupção na estatal. Caso ela
apresente atestado médico e seja preciso adiar seu depoimento, a CPI
convocará o doleiro Alberto Youssef. A informação foi dada nesta
terça-feira, 24, pelo presidente da CPI, deputado Hugo Motta
(PMDB-PB). O nome do doleiro foi escolhido em uma reunião fechada entre
membros da comissão, que durou mais de duas horas. Como Youssef não foi
notificado até o final da manhã desta terça-feira, seu depoimento teria
que ocorrer somente na tarde de quinta, para que se respeite o prazo
mínimo de 48 horas. O presidente da CPI disse que só notificará Youssef
depois que a impossibilidade de comparecimento de Graça for
confirmada. A convocação de Graça e Youssef já havia sido aprovada na
primeira sessão deliberativa da CPI, em fevereiro. Uma nova reunião para
votação de requerimentos está marcada para esta tarde. Na lista de
convocações que serão apreciadas está a do tesoureiro do PT, João
Vaccari Neto, apontado por delatores como responsável por receber
propina para abastecer o caixa da campanha eleitoral da presidente Dilma
Rousseff em 2010. Ele nega. Nesta tarde, serão votados apenas aqueles
requerimentos em que houve consenso entre os integrantes da comissão.
Sem consenso, devem ficar de fora da votação documentos que pedem a
convocação da mulher do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato
Duque, preso pela segunda vez na Lava Jato, na décima fase da Operação, e
que se manteve calado na maior parte do tempo em que esteve na CPI, na
semana passada. Também não houve acordo para votar a convocação de
pessoas supostamente ligadas ao PMDB, partido que comanda a CPI, a
Câmara dos Deputados e o Senado. Ficaram de fora o lobista Fernando
Baiano, o policial Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como Careca e
apontado como "carregador de malas de dinheiro" de Youssef, e o
executivo da Toyo Setal Júlio Camargo, um dos delatores que afirmam ter
pagado ao menos R$ 154 milhões em propina a pessoas tidas como
operadores do PT e do PMDB dentro da Petrobras.