O
deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) protocolou na Câmara dos
Deputados um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O
congressista usa como argumento principalmente o esquema de corrupção
na Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato. Segundo ele, a
presidente tem culpa em não impedir que pessoas próximas a ela
desviassem dinheiro da estatal. "Mais do que despreparo, mostra-se
evidente a omissão da denunciada ao deixar de adotar medidas preventivas
e repressivas para combater o câncer da corrupção em seu governo,
mantendo perto de si e em funções de alta relevância da administração
federal, pessoas com fortes indícios de comprometimento ético e desvios
de conduta", declara. O pedido de impeachment ainda será analisado por
uma equipe técnica da Câmara antes de ser encaminhado para o presidente
da casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Só com a aprovação de Cunha ele pode
ser votado entre os parlamentares. Bolsonaro é a segunda pessoa a
protocolar um pedido de impeachment contra a presidente. No dia 25 de
fevereiro, o primeiro pedido foi apresentado por Walter Marcelo dos
Santos, como cidadão. No entanto, ele deve ser rejeitado.