Um
grupo de nove senadores de cinco partidos diferentes — PDT, PSB, PP,
PPS e PSOL — divulgou hoje um manifesto de apoio ao Ministério Público
Federal nas ações envolvendo a 'Operação Lava Jato' e as denúncias de
corrupção na Petrobrás. As ações realizadas pela Polícia Federal levaram
o Supremo Tribunal Federal (STF) a abrir investigação contra 49
políticos, incluindo os presidentes do Senado Federal, Renan Calheiros, e
da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Os
senadores do PDT (Cristovam Buarque, DF, Lasier Martins, RS, Telmário
Mota, RR, e Reguffe, DF), do PSB (Lídice da Mata, BA, e João Capiberibe,
AP), do PP (Ana Amélia Lemos, RS), do PP (José Medeiros, MT) e do PSOL
(Randolfe Rodrigues, AP) – cobram do STF o "rigor, a celeridade e a
eficiência de suas decisões (...) condenando os culpados e absolvendo os
inocentes", resgatando a certeza de que a lei será aplicada de forma
"justa e implacável, sem privilégios, sem distorções".
Rejeitando
as pressões exercidas contra o MPF a partir do pedido de investigação
do procurador-geral Rodrigo Janot sobre 49 políticos dos principais
partidos brasileiros, os nove senadores declaram seu firme apoio às
ações do Ministério Público Federal
Sem
citar nomes, o grupo de nove senadores faz uma observação que atinge
diretamente as duas maiores autoridades do Parlamento — os presidentes
do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha —, alertando: "É
dever moral e ético do Congresso e dos Partidos que o integram impedir
que as posições de mando no Senado Federal e na Câmara dos Deputados —
incluindo Mesa Diretora, Comissões Permanentes ou Temporárias,
Relatorias e o colegiado do Conselho de Ética —, sirvam a qualquer
pretexto para embaraçar, constranger ou interferir nas investigações
agora determinadas pelo STF". (Do Portal Br 247)