Dois requerimentos de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPIs) foram lidos nesta sexta-feira, no plenário do Senado. O primeiro
vai investigar denúncias de sonegação fiscal e evasão de divisas
envolvendo o banco HSBC – que ficou conhecido como Swiss Leaks, e o
segundo vai investigar denúncias sobre a existência de uma máfia para
comercialização de próteses e órteses no país.
O primeiro requerimento teve 33 assinaturas de senadores – seis a
mais que o mínimo necessário. Segundo as denúncias que motivaram o
pedido de CPI pelo senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), a filial do
banco HSBC na Suíça ajudou clientes a esconder recursos que poderiam ser
de origem ilícita, além de possibilitar práticas de sonegação fiscal.
Entre os correntistas envolvidos no esquema estão 8,7 mil brasileiros – o
que não quer dizer que todos tenham praticado irregularidades.
A maior parte dos senadores que assinaram o requerimento para criação
dessa comissão é da base governista, mas há também assinaturas dos
chamados independentes, como o PSB. Pelo requerimento, 11 titulares e
seis suplentes vão integrar o grupo.
A outra CPI foi proposta pelo senador Magno Malta (PR-ES) e vai
investigar denúncias de que existe uma máfia atuando no país para a
prescrição e colocação de próteses e órteses sem necessidade por
médicos. A CPI das próteses vai ser composta por sete senadores
titulares e cinco suplentes.
A partir de agora, com base nas indicações que já podem ser feitas
pelos partidos, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) fará
as designações dos integrantes. As CPIs terão prazo de 180 dias para
apresentar o resultado dos trabalhos