Parecer ainda precisa ser votado por deputados do Conselho de Ética.
Argôlo é investigado por suposto envolvimento com Alberto Yousseff.
Deputados discutem caso de Argôlo em reunião do Conselho de Ética (Foto: Henrique Arcoverde / G1)
O deputado Marcos Rogério (PDT-RO), relator do processo contra Luiz
Argôlo (SD-BA) no Conselho de Ética da Câmara, votou nesta terça-feira
(14) a favor da perda do mandato de parlamentar. O relatório ainda
precisa ser aprovado pelo conselho, antes de ser votado no plenário da
Câmara.
Argôlo responde a processo no conselho por quebra de decoro parlamentar
devido ao suposto envolvimento com o doleiro Alberto Youssef. Segundo a
Polícia Federal, o deputado recebeu dinheiro ilícito do doleiro, o que ele nega.
saiba mais
O processo contra Argôlo foi instaurado em maio, a partir de uma
representação do PSOL para que o Conselho de Ética investigasse a
relação do deputado com o Youssef. O doleiro é acusado pelo Ministério
Público Federal de ser um dos líderes de esquema de lavagem de dinheiro e
evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões.
Em seu voto, o deputado Marcos Rogério afirmou que “em virtude das fortes provas constantes no processo e as claras contradições presentes no depoimento do deputado Luiz Argôlo, a conclusão é inevitável”.
Em seu voto, o deputado Marcos Rogério afirmou que “em virtude das fortes provas constantes no processo e as claras contradições presentes no depoimento do deputado Luiz Argôlo, a conclusão é inevitável”.
“Suas relações [de Argôlo] com Alberto Yousseff, longe de serem apenas
referentes à venda de um imóvel, envolveram tráfico de influência, a
prática de negócios e pagamentos ilícitos, bem como, possivelmente,
corrupção e lavagem de dinheiro. Tais atividades levaram o representado
[Argôlo] ao cometimento de atos claramente contrários à ética e ao
decoro parlamentar”, concluiu o deputado.
Rodrigo Bethlem
Durante a reunião do Conselho de Ética desta terça, o presidente do conselho, Ricardo Izar (PSD-SP), nomeou Paulo Freire (PR-SP) como relator do processo de quebra de decoro parlamentar contra Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ). Freire deverá apresentar na próxima terça (24) relatório preliminar em que analisará se o processo contra Bethlen deve ter continuidade no conselho.
Durante a reunião do Conselho de Ética desta terça, o presidente do conselho, Ricardo Izar (PSD-SP), nomeou Paulo Freire (PR-SP) como relator do processo de quebra de decoro parlamentar contra Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ). Freire deverá apresentar na próxima terça (24) relatório preliminar em que analisará se o processo contra Bethlen deve ter continuidade no conselho.
De acordo com reportagem publicada pela revista “Época”, Bethlem disse,
em gravação vazada por sua ex-mulher, ter recebido propina de
organizações não-governamentais (ONG's) que tinham contrato com a
prefeitura do Rio na época em que ele estava licenciado da Câmara e
exercia o cargo de secretário de Assistência Social do Rio.