Segundo o Operador Nacional do Sistema, as fontes de abastecimento hídrico das mais importantes usinas geradoras de eletricidade do país atingiram 20,93% de sua capacidade máxima
A falta de chuvas dos
últimos meses fez com que o volume de água dos reservatórios das usinas
hidrelétricas que operam nas regiões Sudeste e Centro-Oeste atingisse na
última terça-feira o nível mais baixo desde 2001, ano em que o país foi
obrigado a adotar o racionamento de energia.
Fontes de abastecimento
hídrico das principais usinas geradoras de eletricidade do país, os
reservatórios atingiram, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS),
20,93% de sua capacidade máxima nessa terça-feira. Na mesma data de
outubro de 2001, o volume registrado atingia 21,39% do limite máximo.
Há duas semanas, a ONS
divulgou uma projeção apontando que, caso a estimativas de chuvas para
os próximos dias se confirme, o nível dos reservatórios do subsistema
Sudeste/Centro-Oeste continuará caindo e chegará, em 31 de outubro, a
apenas 19,9% da capacidade máxima, o mais baixo percentual registrado
desde 2000.
Nas duas regiões, as chuvas
dos últimos dias foram insuficientes para alterar esse quadro. Nos
reservatórios de Ilha Solteira e de Três Irmãos, no noroeste paulista,
os níveis de armazenamento chegaram a zero – o que não significa que o
rio tenha secado ou que as usinas tenham deixado de operar, embora o
façam com restrições.
A situação é preocupante
também na Região Nordeste. Na média, os reservatórios operavam, ontem,
com apenas 17,5% de sua capacidade máxima. Abastecida pelas águas do Rio
São Francisco, o reservatório da Usina de Sobradinho (BA) armazenava
apenas 23,7% de seu limite máximo. Já as usinas de Luiz Gonzaga (BA/PE) e
de Três Marias (MG) tinham, respectivamente, 17,7% e 3,5% da capacidade
de armazenamento.
Repetidas vezes,
autoridades do governo federal afirmaram que não há risco de
desabastecimento de energia, pois o Sistema Interligado Nacional é
“estruturalmente equilibrado” e “dispõe das condições para garantir o
abastecimento nacional”, conforme nota divulgada pelo Comitê de
Monitoramento do Setor Elétrico, em setembro. Uma das medidas adotadas
para compensar a eventual queda de geração das usinas hidrelétricas,
complementando-a, é o acionamento das usinas térmicas – mais caras.
Com informações Terra