Dalva
Sele Paiva, presidente da ONG Instituto Brasil e pivô de denúncias
contra petistas baianos no auge da campanha no primeiro turno das
eleições 2014, não foi localizada no endereço oficial dela. De acordo
com a promotora Rita Tourinho, do Ministério Público do Estado da Bahia
(MP-BA), a última informação disponível sobre a presidente da ONG
Instituto Brasil é de que Dalva constituiu advogado para falar o
processo e que, desde então, não existe outro tipo de comunicação. “Uma
parte da investigação com Dalva nós passamos para o Ministério Público
Federal, que também está acompanhando o caso. A última comunicação que a
gente teve com ela, ela disse que tinha constituído advogado e que ele
iria procurar o Ministério Público, o que ainda não aconteceu”, relata a
representante do MP-BA. “Não sabemos se ela entrou no país ou não.
Precisamos saber onde ela se encontra antes de tudo”, completa Rita
Tourinho – após entrevista à revista Veja, Dalva Sele Paiva embarcou
para a Europa, com retorno programado para o último dia 11. “Podemos,
inclusive, determinar a condução coercitiva”, aponta a promotora, que
segue em investigações de irregularidades envolvendo a ONG Instituto
Brasil. “O que se tem, até então, são as irregularidades em diversos
convênios. Encontramos um com a prefeitura de Paulo Afonso, de 2007, com
indícios de desvios de recursos”, relata Rita Tourinho. A promotora,
todavia, frisa que não é possível confirmar os relacionamentos apontados
por Dalva Sele com petistas, conforme denúncias à revista Veja e ao
jornal Correio. “Esses desvios e as conexões com as pessoas citadas por
ela não podemos confirmar. Mesmos os documentos que ela apresentou não
trazem isso”, pondera.