terça-feira, 28 de outubro de 2014

Aprovado pedido de cassação do deputado Luiz Argôlo



Com a retomada das atividades parlamentares, depois do segundo turno das eleições, parlamentares do Conselho de Ética da Câmara aprovaram hoje, por 13 votos a 4, o pedido de cassação do deputado Luiz Argôlo (SDD-BA), acusado de participar de negócios ilegais com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, em março deste ano.
Em seu relatório, o deputado relator Marcos Rogério (PDT-RO), que foi duramente criticado por alguns colegas, defendeu a perda do mandato de Argôlo, por quebra de decoro parlamentar. Primeiro a falar na reunião, o deputado Wladimir Costa (SDD-PA), um dos parlamentares que pediu vista na última sessão do conselho, disse que se debruçou sobre o relatório e “cada vez mais me convenço da inocência do deputado”, afirmou, lembrando que Argôlo perdeu a disputa pela eleição na Bahia.
“Sou um dos mais antigos neste conselho. Nunca acompanhei tamanha discrepância em uma acusação. O relator não apresentou prova material. Tudo que fez foi ler supostas transcrições de degravações da Polícia Federal”, ressaltou. “Provas materiais não existem. Uma única prova para que a gente possa tomar iniciativa para limpar o nome desta Casa”, apelou.
A votação do parecer deveria ocorrer no último dia 22, mas a proximidade com o segundo turno das eleições adiou a decisão pela segunda vez. Na reunião anterior, um pedido de vista coletivo dos deputados Sérgio Brito (PSD-BA), Wladimir Costa (SDD-PA) e Pastor Eurico (PSB-PE) já havia transferido a votação.