Ainda
que decida declarar voto em Aécio Neves, Marina Silva não subirá em
palanques com o candidato tucano. Nem pretende aparecer na televisão. As
exigências de Marina a Aécio para apoiá-lo -- a mais drástica delas, a
de que ele recue da proposta de reduzir a maioridade penal -- são vistas
como forma de amenizar o desgaste que ela sofrerá por apoiar o PSDB,
partido do qual foi adversária por três décadas. As informações são de
Mônica Bergamo, hoje na Folha de S.Paulo. De acordo com interlocutor
pessoal da candidata, -- diz a colunista -- ela sabe que não tem como
sair ilesa no segundo turno: tanto apoiar o tucano quanto ficar neutra
têm custo alto para a sua imagem.
Uma das
péssimas recordações sobre Aécio na campanha eleitoral, para o grupo de
Marina, são as declarações dele sobre conflitos rurais feitas na CNA
(Confederação Nacional da Agricultura) no primeiro turno. Por isso, a
candidata quer arrancar do tucano a promessa de que não modificará as
regras atuais de demarcação de terras indígenas. Por escrito. "Ou algo
equivalente", diz o mesmo interlocutor.