Nunca
se viu na história recente do País uma eleição presidencial de segundo
turno com tamanha imprevisibilidade, agressões entre os candidatos,
brigas entre militantes e tantas acusações no campo pessoal. E que chega
também à corte judicial com ameaças de processos contra a revista Veja
pela presidente Dilma.
Que
classificou como ato terrorista a capa do periódico trazendo uma
revelação do doleiro Alberto Yuossef na qual afirma que tanto ela quanto
o ex-presidente Lula sabiam das falcatruas montadas na Petrobras pelo
ex-diretor Paulo Roberto Costa, caixa do esquema na estatal.
Já
a revista IstoÉ também trouxe na capa uma reportagem nada favorável ao
PT. Informa que Dilma promoveu uma das campanhas mais sujas da história,
com o objetivo de se manter no poder a qualquer custo. Diz que a tática
dotada foi a do medo e do terrorismo eleitoral.
A
tensão, no entanto, não se dá apenas com a noticiário quente da
eleição. Os institutos de pesquisas ajudaram a elevar o tom também,
gerando uma guerra nas redes sociais, porque apontam resultados
discrepantes, uns favorecendo Dilma, outros Aécio.
O
fato é que houve uma tendência de crescimento de Dilma pelo Ibope e
Datafolha que Sensus e Veritá não apontaram. Números à parte, o que vale
agora será o comportamento do eleitor, a queda ou crescimento dos
candidatos por regiões. Aécio ganha em São Paulo, mas perde no Rio,
enquanto em Minas se observa empate técnico.
No
Sul, o tucano leva vantagem, empata no Centro Oeste, mas Dilma coloca
uma frente mais ampla no Norte e Nordeste, regiões que, historicamente,
apresentam grandes percentuais de abstenção quando se trata de disputa
de segundo turno, na qual fica de fora a máquina montada pelos
governadores e os candidatos proporcionais.