Candidato do PSDB, no entanto, disse que ainda faltam providências.
Tucano fez carreata de campanha neste domingo em Copacabana.
Candidato Aécio Neves fez campanha em Copacabana, no Rio de Janeiro (Foto: Henrique Coelho)
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, comentou
neste domingo (19) o fato de a presidente Dilma Rousseff ter admitido
que houve desvio de dinheiro da Petrobras por meio de esquema de
corrupção. Para Aécio, a fala da presidente foi uma "evolução". Ele
disse, no entanto, que ainda faltam ser tomadas providências sobre o
suposto esquema na estatal.
Neste sábado (18), Dilma comentou as denúncias na Petrobras. Ela
lembrou que já pediu ao Ministério Público a transcrição dos depoimento
do ex-diretor de Refino e Abastecimento Paulo Roberto Costa, que firmou
acordo de delação premiada ter a pena reduzida em troca de passar
informações sobre o suposto esquema. Dilma disse que fará o possível
para "ressarcir o país". Se houve desvio de dinheiro publico, nós
queremos ele de volta. Se houve [desvio], não. Houve, viu?", declarou
Dilma na ocasião.
Aécio falou sobre a declaração da presidente em entrevista coletiva no
Rio de Janeiro, antes de participar de uma carreata por Copacabana.
"Vejo evolução nesse fato dela admitir. Quando houve o pedido da CPI da
Petrobras, o PT disse que era um factoide, e os fatos estão aí. Mas as
providências ainda não foram tomadas", disse o candidato.
Aécio também criticou o tom dos recentes debates na TV com a presidente
Dilma. Para ele, as discussões devem ser em torno de propostas. Aécio e
Dilma vêm trocando ataques cada vez mais intensamente nesta reta final
de campanha.
"Faço um convite para debater propostas. É preciso uma briga de ideias,
e não de pessoas. Vamos mostrar como superar indicadores sociais,
melhorar os índices da indústria, entre outros aspectos", afirmou Aécio,
que participará do debate da TV Record neste domingo.
Entre os apoiadores de Aécio, que acompanharam o candidato em
Copacabana, estavam o senador eleito em São Paulo, José Serra, o
candidato a vice na chapa de Pezão ao governo do Rio, Francisco
Dornelles, o técnico de vôlei Bernardinho, o presidente do PPS, Roberto
Freire, e o ex-jogador Ronaldo.