Marina Silva (PSB) cresceu 4 pontos em uma
semana e chegou a 39% das intenções de voto no Estado de São Paulo,
aumentando sua vantagem sobre Dilma Rousseff (PT), que permanece com 23%
entre os paulistas. É o que mostra nova pesquisa Ibope feita entre
sábado e segunda-feira, para o Estado e a Rede Globo, sobre as disputas
pelos governo estadual e presidencial em São Paulo.O crescimento de
Marina no eleitorado paulista se deu pelo menos em parte às custas de
Aécio Neves (PSDB). O tucano foi de 19% para 17%. Outros dois pontos
vieram dos eleitores que pretendem anular ou votar em branco (foram de
9% para 7%). Há também 10% de eleitores indecisos, e 4% se dividem entre
os nanicos.
O resultado da corrida presidencial em São
Paulo é especialmente importante porque trata-se do maior colégio
eleitoral do país, com 22% do total de eleitores. Para se eleger
presidente, um candidato não precisa necessariamente ganhar no Estado,
mas não pode ir mal. Esta é a primeira eleição presidencial desde a
redemocratização sem que haja um paulista entre os favoritos. A maior
vantagem de Marina sobre seus adversários em São Paulo está no
eleitorado evangélico. A candidata do PSB tem 49% dos votos dos
eleitores dessa fé, contra 20% de Dilma e 9% de Aécio. Já entre os
católicos a disputa é bem mais parelha: 36% para Marina contra 25% de
Dilma e 19% de Aécio.
O voto mais comum em São Paulo, neste
momento, é o “Geraldina”: 43% dos eleitores de Geraldo Alckmin (PSDB)
declaram preferir também Marina, contra apenas 26% que votam no
governador tucano e no candidato de seu partido, Aécio, para presidente.
Dilma está tecnicamente empatada com o rival no eleitorado de Alckmin,
com 23% das preferências. Marina tem 51% dos eleitores de Paulo Skaf
(PMDB) e 16% dos de Alexandre Padilha (PT).
A pesquisa Ibope foi feita entre os dias
30 de agosto e 1º de setembro, em 87 municípios do Estado de São Paulo.
Foram feitas 1.806 entrevistas face a face. A margem de erro máxima é de
2 pontos percentuais, para mais ou para menos, em um intervalo de
confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no TRE-SP com o número de
protocolo SP-00021/2014, e no TSE como BR-00492/2014.