A
Polícia Federal instaurou inquérito para investigar se a presidente da
Petrobras, Graça Foster, omitiu do Senado informações relacionadas à
compra da refinaria de Pasadena (EUA) e sobre a existência de contratos
celebrados pela empresa de seu marido, Colin Foster, com a estatal. O
inquérito foi aberto após pedido do Ministério Público Federal
encaminhado em junho, conforme informou ao jornal O Estado de São Paulo a
assessoria de imprensa dessa instituição. Antes disso, Graça Foster
havia prestado depoimento à Comissão de Infraestrutura do Senado.
A
presidente da Petrobras ainda pode responder a outro inquérito que deve
ser aberto na próxima semana, para investigar a denúncia de que teria
combinado com senadores da base aliada na CPI da Petrobras as perguntas
que lhe seriam feitas na comissão investigativa.
O
MPF no Distrito Federal já abriu inquérito nas áreas cível e criminal
para apurar essa suspeita - esse caso tem outros ex-diretores da estatal
como alvo.
A
assessoria da PF informou que este caso está em análise. A corporação
não quis comentar o inquérito já aberto sobre o depoimento de Graça no
Senado
Nesta
sexta-feira, ao defender a permanência de Graça Foster no comando da
Petrobras, a presidente Dilma Rousseff afirmou que "não há qualquer
processo que pese contra" a presidente da estatal.
O
Ministério Público e a Superintendência da PF no Distrito Federal vão
investigar se Graça Foster prestou informações falsas aos senadores, o
que poderia configurar crime de falso testemunho. O alvo dessa apuração é
o depoimento dela prestado em maio à Comissão de Infraestrutura do
Senado.
Na
audiência, Graça afirmou que o Conselho de Administração da Petrobras
não teve responsabilidade na compra de Pasadena. Em 2006, o colegiado
aprovou a compra de 50% da refinaria por US$ 360 milhões. Após litígio, a
Petrobras adquiriu a segunda metade por US$ 889 milhões. O custo total
do negócio foi de US$ 1,2 bilhão