terça-feira, 5 de agosto de 2014

Conselho de Ética da Câmara pedirá cassação de Vargas, tratado como 'sócio informal' de doleiro


Conselho de Ética da Câmara pedirá cassação de Vargas, tratado como 'sócio informal' de doleiro


O relatório do processo de cassação do deputado André Vargas (sem partido – PR), elaborado pelo relator do caso, Júlio Delgado (PSB-MG), justificará a perda do mandato do parlamentar com o argumento de que a quebra de decoro ocorreu quando ele intermediou interesses de um grupo criminoso com o governo, segundo informações da Folha de S. Paulo. Integrantes do Conselho de Ética da Câmara classificam como indevidos os favores prestados a Vargas pelo doleiro Alberto Youssef, como a viagem em um jatinho para o Paraná – onde o empresário foi preso durante a Operação Lava-Jato, da Polícia Federal (PF). Ainda segundo a Folha, o texto menciona Vargas como sócio informal de Youssef, na farmacêutica Labogen. De acordo com a investigação da PF, o laboratório seria uma empresa de fachada do doleiro, que, com a ajuda do ex-petista, tentava firmar contrato com o Ministério da Saúde. O deputado ainda não prestou esclarecimentos à comissão. Uma secretária do colegiado, afirma a Folha, ficou de plantão na porta do escritório do advogado de Vargas para entregar um último convite para depor nesta terça-feira (5), mas não foi atendida.