sexta-feira, 4 de julho de 2014

Planalto cobra rigor na apuração de tragédia em BH

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, cobrou hoje (4) a apuração rigorosa do desabamento de um viaduto em Belo Horizonte. O desastre, na tarde de ontem (3), deixou 2 mortos e 22 feridos na Avenida Pedro I, uma das opções de acesso entre a zona norte da cidade e o Estádio do Mineirão, que abriga seis partidas da Copa do Mundo.

“Assim como as famílias atingidas, esperamos que haja uma apuração rigorosa das causas e dos responsáveis por esse fatídico acidente para que isso não se repita mais no nosso país”, declarou a ministra, ao reiterar que o Governo Federal “está à disposição para ajudar a Prefeitura de Belo Horizonte no atendimento aos feridos, às famílias e na remoção dos escombros”.

“A presidente Dilma Rousseff (PT) pediu e o ministro das Cidades, Gilberto Occhi, se colocou à disposição. Estamos esperando o prefeito [Márcio Lacerda] nos acionar se ele considerar necessário. A ajuda já foi disponibilizada. Sei que o prefeito está concentrado no atendimento às famílias e aos feridos. Assim que ele nos contatar, ajudaremos imediatamente”, disse.

A ministra esclareceu ainda que, embora o Governo Federal tenha aplicado recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na obra do BRT de Belo Horizonte, a responsabilidade do projeto cabia à Superintendência de Desenvolvimento da Capital, autarquia da Prefeitura de Belo Horizonte.

“A responsabilidade do Governo Federal é garantir os recursos para que as obras de mobilidade urbana possam sair. Cabe aos governos locais, à Prefeitura de Belo Horizonte, no caso, a responsabilidade de fazer o projeto, contratar as obras e fiscalizá-las com rigor”, explicou a ministra.

Apesar de a obra ter sido anunciada como parte dos projetos de mobilidade urbana da Copa do Mundo, Miriam Belchior esclareceu que o projeto não está diretamente relacionado ao torneio, mas à melhoria do transporte público de Belo Horizonte, e rejeitou qualquer tentativa de associar a tragédia ao campeonato.

“O que importa agora são as famílias que perderam os parentes queridos. Acho que fazer qualquer relação com o impacto que isso [o desabamento] tem na imagem da Copa do Mundo é uma coisa lateral neste momento. O importante de fato é dar conforto a essas famílias e tirar os destroços para não atrapalhar a vida da população de Belo Horizonte”, rebateu.