Quatro anos após ser demitido por Ricardo Teixeira do
comando da seleção brasileira, o técnico Dunga está de volta. Nesta
terça-feira, em coletiva de imprensa na sede da CBF, na Barra da Tijuca, Zona
Oeste do Rio de Janeiro, o capitão do tetra em 1994 foi apresentado como novo
treinador da equipe pentacampeã. O anúncio foi feito pelo presidente da entidade,
José Maria Marin, e pelo coordenador Gilmar Rinaldi. Apesar da rejeição em diversas enquetes, Dunga mostrou-se confiante em recuperar o prestígio junto aos torcedores.
- A pesquisa está aí para ser derrubada. Eu acredito muito no torcedor
brasileiro, no carinho que o torcedor tem pela seleção brasileira. Como
falei, não sinto essa tamanha rejeição pelo o que está se falando por
onde eu passo. Toca a nós mudarmos a opinião das pessoas. Vimos que
muitas enquetes que foram colocadas, as pessoas deram um jeito de mudar
essas enquetes. Minha meta é mudar a maneira das pessoas pensarem a meu respeito. Nelson
Mandela tinha tudo contra e conseguiu mudar a forma das pessoas de
pensar com paciência. Espero que eu possa ter 1% da paciência dele. Eu
não penso em mim, penso na seleção brasileira. Se a Seleção estiver bem,
eu vou estar bem, estar feliz. Tem muito sacrifício, mas a alegria e
satisfação é bem maior - disse o novo treinador.Dunga e José Maria Marin na apresentação do novo treinador da seleção brasileira (Foto: André Durão)
Dunga admitiu o contato difícil com a imprensa em sua primeira passagem pela Seleção.
-
Vimos como é importante o talento numa Copa, o planejamento. No futebol
moderno, o marketing é importante, mas o trabalho dentro de campo
também. Quanto a falar da minha pessoa, vocês me conhecem. Sabem que
dificilmente algumas pessoas mudam, quanto à ética, trabalho e
profissionalismo. Sei que tenho que melhorar muito no contato com os
jornalistas. Por eu ser oriundo do futebol, na outra passagem, eu foquei
mais no trabalho dentro de campo. Os resultados estão aí. Agora é
normal que eu tenha que aprimorar o meu relacionamento da imprensa. É
minha culpa pela relação que tivemos. Trabalhei para me aprimorar.
Dunga
afirmou que vai realizar um trabalho em conjunto com o coordenador das
categorias de base, Alexandre Gallo, e com o coordenador de Seleções,
Gilmar Rinaldi. O treinador explicou a diferença de suas passagens na
Seleção.
- A minha primeira passagem foi pedida para
resgatar o valor da Seleção, a camisa e obter resultados. Só conseguimos
isso com resultados. A segunda passagem é preparar a Seleção para a
Copa de 2018. No caminho, nós vamos ter uma Copa América e vamos
encontrar seleções em ótima fase. Todas as seleções melhoraram muito.