sexta-feira, 18 de julho de 2014

Empate técnico surpreende o PT



 A primeira pesquisa divulgada depois do início oficial da campanha eleitoral causou surpresa no Palácio do Planalto. O principal alerta foi com o número que indica empate técnico no segundo turno entre a presidente Dilma Rousseff e o tucano Aécio Neves, no limite da margem de erro. A pesquisa Datafolha foi divulgada na noite desta quinta-feira (17) pelo Jornal Nacional, da TV Globo.

A expectativa era de que Dilma tivesse alguma folga nessa pesquisa, depois da realização da Copa do Mundo. Mas a oscilação positiva não foi comprovada nos números. Chama atenção a
rejeição de Dilma que passou de 32%, no início de julho, para 35% nesta pesquisa. A avaliação do governo também acendeu a luz amarela no Planalto: a avaliação positiva caiu de 35% para 32%; enquanto a avaliação negativa subiu de 25% para 29%.

Integrantes do governo e da campanha de Dilma ainda tentam entender os números do Datafolha. Na segunda-feira, houve uma grande operação para divulgar números positivos sobre a organização da Copa. Mas há o reconhecimento interno de que, depois do vexame da seleção brasileira no jogo com a Alemanha, o mau humor contaminou os brasileiros.

Um dado da pesquisa Datafolha, divulgado na quarta-feira, já apontava que a insatisfação com a Copa voltou a crescer. O número de pessoas que responderam que a Copa trouxe mais prejuízos do que benefícios para os brasileiros subiu oito pontos, de 46% para 54%. Já os que acham que trouxe mais benefícios do que prejuízos, caiu nove pontos: de 45% para 36%.

Nas palavras de um dirigente petista, é preciso ter cautela com os números. Para a militância, a ordem é explorar aspectos positivos da pesquisa, como o fato de Dilma aparecer em primeiro lugar na pesquisa, com boa folga. Mas internamente, já há o reconhecimento que haverá o segundo turno.

“E o segundo turno é uma nova eleição, com o tempo igual dividido pelos dois candidatos. Por isso, é preciso fazer uma comparação entre governos. Não tem jeito: um candidato à reeleição tem que mostrar o que já fez. No caso de Dilma, mostrar o conjunto de 12 anos de governo: dela e do Lula”, ressaltou  um ministro petista.