A MCM Consultores passou a
atribuir uma probabilidade de 60% de derrota de Dilma Rousseff na
eleição presidencial em outubro. Desde abril, a consultoria trabalhava
com um cenário de probabilidade equivalente à reeleição e à vitória da
oposição. Hoje, os analistas da MCM rebaixaram as chances da presidente e
agora trabalham com uma probabilidade de 60%-40% contra a reeleição.
NO MURO
'Não estamos declarando
taxativamente, é bom esclarecer, que a presidente Dilma não se
reelegerá. Longe disso. É muito cedo. A campanha ainda nem começou
efetivamente', escreveram os analistas da MCM na nota enviada a
clientes. 'Contudo, a nosso juízo, já existem elementos suficientes para
atribuir mais probabilidade de vitória à oposição do que à candidatura
governista.'
Segundo a MCM, as últimas
pesquisas Datafolha e Ibope representaram um ponto de virada ('turning
point') para o novo cenário, agora desfavorável à reeleição. 'Ambas
mostraram continuidade na tendência de encurtamento da vantagem de Dilma
frente a Aécio Neves e Eduardo Campos no segundo turno e aumento da
diferença entre a rejeição à presidente e aos candidatos de oposição',
afirmaram os analistas.
Além das pesquisas,
destacou a MCM, a mudança de cenário também levou em conta a piora do
quadro econômico, 'sintetizado pelo resultado decepcionante do último
Caged (abertura de apenas 25 mil vagas de trabalho em junho), os sinais
de forte rejeição ao PT no Sudeste - de maneira mais acentuada em São
Paulo -, e a baixa competitividade das candidaturas petistas nos estados
mais importantes do país, excetuando-se Minas Gerais, onde Fernando
Pimentel lidera as pesquisas'. (ÉPOCA)