Em postura indiferente aos recentes problemas enfrentados pela
presidente Dilma Rousseff (PT) no cenário político nacional, seu
antecessor, Lula (PT), disse nesta terça-feira (22) “estar por fora” dos
escândalos sobre contratos suspeitos e pagamento de propina na
Petrobras. O petista deu a declaração em Salamanca, na Espanha, onde
recebeu título de doutor honoris causa. Questionado sobre suposto
mal-estar com a aliada, gerado pela possibilidade de criação de uma
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a respeito da estatal, ele
afirmou que “não há possibilidade” de tensão com o atual governo. Na
semana passada, o secretário de Planejamento da Bahia, José Sergio
Gabrielli, que presidia a petrolífera na época da compra da refinaria de
Pasadena, nos Estados Unidos, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo
que Dilma “não pode fugir de sua responsabilidade” sobre o negócio
suspeito. Por suspeita de superfaturamento, a transação é investigada
pelo Tribunal de Contas da União, Ministério Público Federal do Rio de
Janeiro e Polícia Federal.