segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Técnico do Vasco tem AVC em campo e passa por cirurgia. Estado ainda é grave




Após três horas e meia, a cirurgia do técnico Ricardo Gomes chegou ao fim e foi considerada bem-sucedida pelos médicos. A hemorragia no cérebro em decorrência do AVC (acidente vascular cerebral) foi estancada e a circulação, restabelecida. Gomes está em coma induzido, na UTI, e vai ficar em observação pelas próximas 72 horas. O técnico sentiu-se mal durante o jogo do seu time contra o Flamengo, ontem (28) à tarde no estádio Engenhão.O médico José Antônio Guasti realizou o procedimento no Hospital Pasteur, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele não deu entrevistas. Quem falou novamente sobre o caso foi Clóvis Munhoz, médico do Vasco que acompanha o drama. Segundo ele, o quadro segue grave e ainda há risco de morte, apesar de a cirurgia ter sido alentadora.Foi tudo dentro do esperado. A impressão do doutor que o operou foi a melhor possível, e ele já viu “n” casos como o dele (Ricardo Gomes). O coágulo foi drenado. O quadro é favorável e agora as próximas 72 horas serão decisivas para avaliar e consolidar a situação. Isso quer dizer se provavelmente haverá sequelas ou não – disse Clóvis. Apesar de ainda ser cedo para prognósticos, o médico do Vasco disse que qualquer possível sequela no pós-operatório pode ser revertida com fisioterapia.Ricardo Gomes vai permanecer no hospital entre oito e dez dias. De acordo com Munhoz, o lado do cérebro afetado pela hemorragia foi o direito, com um edema maior do que dois centímetros (considerado importante) e está relacionado aos movimentos de braço e perna e também à fala. O comandante vascaíno se sentiu mal por volta dos 20 minutos do segundo tempo do clássico entre Flamengo e Vasco, neste domingo, no Engenhão. Ele foi levado, inicialmente, para o centro médico do estádio, e, em seguida, encaminhado para o hospital.Clóvis Munhoz explicou que a hemorragia provocou um grande coágulo na região temporal do cérebro. A cirurgia foi feita para retirada deste sangue coagulado, reduzindo a pressão cerebral. No momento em que aconteceu a hemorragia, a pressão arterial do treinador era de 19 por 12. O normal é 12 por 8. Para Clóvis, o que aconteceu com Gomes neste domingo não é uma consequência do primeiro AVC sofrido pelo técnico em fevereiro de 2010, quando treinava o São Paulo. (informações/foto do G1)